Parto Natural

A mulher investe o tempo que for preciso na organização do seu casamento. O vestido, o cabelo, o bouquet e a maquilhagem. O local, as mesas e o menú. A igreja, a decoração e os cânticos. O fotógrafo, o vídeo e aquela música. Os convidados e onde os sentar. As alianças. Ah! E a lua de mel…! A praia paradisíaca ou a cidade mais romântica do planeta. Um must have. Todo este elan chega a durar mais de um ano de namoro, se for preciso.

E, seguem-se os filhos…!

Inversamente, é raro perder (ou ganhar) um minuto a pensar de como quer que o seu parto aconteça. Frequentemente, resume-se a: parto normal ou cesariana, neste ou naquele hospital assegurado. E todo este processo é, massivamente (tantas vezes inconsciente) entregue de bandeja dourada a um médico de confiança…! Sem questionar. É assim que é costume e, pronto! E assim acontece, vezes e vezes sem conta.

Porque não pensar mais sobre isto? Afinal é do nosso bebé que se trata. Trata-se mesmo da nossa família. Porque não um caminho diferente? Será medo? Medo da dor? …Será mais fácil se projectarmos a responsabilidade no outro? Porque entregamos, totalmente, este nosso poder de ser a um médico? A um estranho que parece saber mais que nós, acerca de como parir.

Sim, eu sei… A taxa de mortalidade era enorme antigamente, as mulheres morriam no parto, os bebés… e por aí fora. Mas era assim há anos. Não será já tempo de resgatarmos este nosso poder de Ser? A nossa força, a força da mulher em cada uma de nós…

Dar à luz deitada, muitas vezes em espera, ligada ao CTG, sem a família ou quem se deseje bem pertinho… Num contexto hospitalar quantas vezes frio e estéril, ao sabor da bondade alheia da enfermeira de serviço ou, do médico apressado em estado burn out do imenso trabalho em escasso tempo. Raras vezes possível deambular pelos corredores, evitar a episiotomia…

Bom… Quando parei para pensar nisto e imaginei onde me ia meter… Soprou-me um medo assolapado. Agora que estou de bebé, como é que eu vou resolver isto?

Após duas consultas eficientes e práticas porém, incapazes de me dar respostas, resolvi desistir daquela ‘médica dos nossos tempos’—não queria mais, não ecoava em mim. E pesquisei. Procurei até chegar ao colo da Dra. Radmila Jonanovic: a médica dos partos naturais. Foi exactamente aqui que me encontrei. Sabia que o caminho era por ali mesmo. A minha alma sabia-o, o meu corpo também e a minha mente, respirou de alívio. Já está. É isto!!!

Porque não parir segundo os nossos desejos, num ambiente em que nos sintamos seguras e cuidadas, no qual é respeitado o nosso bem-estar, a nossa intimidade e desejo?

Todas as mães tem o direito de escolher como querem o seu parto. A OMS sabe disso e cada vez mais nos acolhe. É certo que cada casal—cada mulher, tem o parto certo para si, seja ele hospitalar, doméstico ou na água, medicalizado ou não. Porém, há que saber que temos à nossa disposição, várias outras opções normalmente desconhecidas. E, é a todas nós que dedico este post. Procurem pelo vosso parto!

Quanto a mim… Naquele momento queria agarrar a oportunidade de vivenciar um parto diferente e mais conectado comigo, onde o nascimento do meu bebé fosse um processo natural e acontecesse por si. Assim que conheci a Radmila, jamais duvidei se o meu bebé ia nascer em casa ou no hospital. Sabia-o intimamente… E, nasceu! Aliás, nasceram os dois em casa.

Aprendi tanto com os partos dos meus bebés… Transformação pura e alada. Crescimento grande. Clarão de consciência!

A Natureza é tão sábia. Tenho total confiança nela!

And… she believe she could, so she did!

Anterior
Anterior

Caldo de Vegetais Doces

Próximo
Próximo

Bolo de Alfarroba