Tarte do Bosque

Mas como é possível ainda não ter apresentado convenientemente um doce? Está mais do que na hora!

Para estrear, deliciem-se com esta tarte que todos adoram! Posso dizer que a receita é mesmo minha, embora a base ande entre a Geninha e as minhas mãos.

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A macrobiótica é genial e aposta na qualidade dos ingredientes. Aqui é tudo macro—em grande. Paradoxalmente, quanto menos ingredientes usarmos, mais no caminho estamos. Esta sobremesa é assim e é nesta linha que a criei.

Tenho de partilhar isto…

Ao lermos o rótulo da ancestral bolacha Maria (experimentem, ficam sem saber se choram ou riem) deparamo-nos com um texto longo e comprido repleto de ingredientes não identificáveis, qual E.T. O que deveria constar seria qualquer coisa composta de farinha, água e um adoçante (até poderia ser o maléfico açúcar branco, e não um sem número, de xaropes disto e dextroses daquilo; já para não falar nos corantes e conservantes). E, são estas as bolachas que a maior parte dos colégios, tem para oferecer aos miúdos. Fake! (como eles dizem) Chamo a atenção, porque com 3 simples ingredientes se orquestra uma bolacha deliciosa!

Não sou fã de sobremesas e doces (e ainda bem) mas desde que o meu filho mais novo se tornou um ser doce (com a diabetes tipo I) transformei-me numa doceira. Posso dizer que a macrobiótica ajudou bastante, pois os doces são facílimos de fazer; contêm poucos passos e não precisam de grandes pontos—apenas um coração a transbordar de amor. O resto é agradecer e comer sem pecados.

Ok! Passemos à tarte.

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A base. Numa tigela juntamos 1/3 de chávena de óleo de grainha de uva (pode ser outra gordura), 1 copo de sumo de maçã, 1/2 chávena de farinha sem glúten (pode ser de trigo sarraceno, de aveia ou de arroz), 1 colher de chá de fermento, canela q.b. e uma pitada de sal. Envolvemos tudo, até a massa se descolar todinha das mãos. Caso fique húmida, é ir adicionando mais um pouco de farinha até descolar. Se ficar esfarelada, é adicionar óleo até ganhar a consistência certa. E, como coisas muito certinhas não me assentam, pego na massa e vai direta à tarteira. Estico, estico e tapo todos os buraquinhos, tiro dali e ponho acolá e gosto mesmo que o resultado fique assim como eu, wild and free. Caso se pretenda uma base mais ajuizada, com uma faquinha, cortamos o excesso que transborda, a dar aquele ar mais profissional e mecânico. Com o forno pré-aquecido nos 180º, entra por 15-20 minutos; queremos só uma entaladela (não esquecer de picotar a massa com um garfo, para não inflar). Depois é deixar arrefecer.

 

O recheio…! Jamais se o imagina tão simples, de delicioso que fica. Parece que estivemos o dia todo, às voltas na cozinha, mas não! Precisamos de 2 pacotes de natas de aveia (servem outras), 1 taça de frutos do bosque à nossa medida, 2 colheres de sopa de agar-agar, meio frasco (mais para o lado do vazio) de geleia de arroz e um molhinho de hortelã. Envolvemos tudo numa taça e dá vontade de lamber. A seguir é decidir se vai mesmo assim ou se o recheio passa pela varinha mágica. Tarte completa, vai ao forno nos mesmos 180º pré-aquecidos, durante uns breves 15 minutos.

Enjoy Honest Food!!!

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